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Mostrando postagens de 2018

Sobre o filme "Missão: Impossível - Fallout": Como manter uma franquia viva por 22 anos

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Toda vez que eu acho que a franquia Missão: Impossível vai flopar ou finalmente fazer um filme ruim, ela me entrega um filme melhor do que o anterior. Digo isso desde Protocolo Fantasma e o sexto capítulo da franquia cinematográfica não foge à regra. À exceção de M:I 2 que eu acho divertido, mas regular, a franquia só melhora, pelo menos em termos de ação. Mesmo que o roteiro mais bem pensado talvez ainda seja o original do filme dirigido pelo Brian DePalma, agora Fallout vem logo em seguida, com a maior tensão psicológica de toda a série. Enquanto o de 1996 mantém seu suspense baseado na incerteza do que vem a seguir, já que ainda estamos conhecendo aqueles personagens, este sexto capítulo escolhe manter sua tensão ao ser o primeiro filme da franquia a continuar de forma mais direta os acontecimentos do filme anterior, investindo no lado emocional e psicológico trazido pelo J. J. Abrams no terceiro capítulo da franquia e abandonado pelo Brad Bird em Protocolo Fantasma (excelente

Sobre o filme Pantera Negra: Quando a importância transcende a qualidade

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Sejamos honestos: "Pantera Negra", analisando de forma técnica, é ótimo, e é um dos melhores filmes da Marvel, mas não é excelente. Há vários problemas ali. O mais óbvio de todos é a computação gráfica, sobretudo no clímax, que prejudica um pouco a experiência ao afastar o que está acontecendo da realidade. Há um incômodo no CGI meio falso para o espectador de 2018, tão acostumado a excelentes efeitos visuais. Além disso, à exceção da ótima sequência na Coreia, não há nada muito criativo em termos de direção e cinematografia na ação do filme. Talvez isso se explique pela inexperiência do diretor, Ryan Coogler, no gênero puro da ação (ele fez um excelente trabalho em "Fruitvale Station" e "Creed"). Isso não significa que o filme não é bem filmado. Há uma cena que começa de ponta cabeça de uma forma particularmente inspirada, alguns shots são belíssimos e parecem propositalmente feitos para parecerem páginas de quadrinhos, além da beleza de Wakanda. Tenh

Sobre gerações de nerds: Há 15 anos, X-Men 2 fazia por mim o que Guerra Infinita está fazendo agora

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Hoje, X-Men 2 completa 15 anos (e por isso, este texto estará cheio de spoilers do filme). Quem já leu textos aqui no blog sabe quanto eu curto X-Men. Dos desenhos aos filmes. Já até defendi o Bryan Singer aqui - coisa que não faço mais hoje, tanto pela conduta pessoal dele, quanto pelo fato dele ter sido o responsável pela atrocidade que foi X-Men Apocalypse. Já mostrei aqui também que tenho uma opinião diferente da maioria dos fãs de quadrinhos a respeito de adaptações cinematográficas. Por essas razões, não deixa de me incomodar e me entristecer que filmes que foram importantíssimos pra mim e que considero excelentes até hoje parecem não ter tanta importância assim ou não impressiona a nova geração de nerds, que parece não ver a hora da Marvel finalmente colocar as mãos nos mutantes e colocá-los junto com os Vingadores nas telonas - possibilidade agora real, já que a compra da Fox pela Disney já está finalizada por parte das empresas e só não dará certo se, de alguma forma